Jamais devemos fechar uma porta para quem bate, pois pode ser que Deus faça ela entrar para nunca mais sair. Contudo, devemos estar preparados para ao abrir a porta ver a pessoa que bateu virar as costas e ir embora. Tudo está nas mãos do Senhor Deus.
No campo, nem sempre você tem que ir atrás da ovelha perdida. Às vezes, Deus envia ela até você. Porém, às vezes também, alguém aparece pedindo ajuda sem ser ovelha. Infelizmente, essa é a história do “Lucas”. Coloco o nome dele entre aspas porque esse nome com o qual ele se apresentou para nós era uma das mentiras que nos contou. O “Lucas” chegou a IPVM através de um contato que ele teve com o diácono Joca. Eu o recebi na igreja para termos uma conversa, onde ele me contou uma história inventada sobre ele ter fugido de casa do nordeste, ser viciado em drogas e buscar por uma nova vida. Disso tudo, só era verdade que ele era viciado em drogas.
E aqui fica uma lição para você que lê, muitas vezes você terá que lidar com alguém que estará tentando enganar você ou tirar proveito de uma situação, e você lidará com aquilo apenas pela remota possibilidade do Evangelho penetrar no coração do enganador e ele ter sua vida realmente transformada. Foi o que fizemos. Juntamente com os irmãos Joca, Marco e Silas, demos apoio ao “Lucas”, roupas, alimento e o encaminhamos para um centro de recuperação cristão, investindo na sua nova vida. Apenas dois dias depois, recebo uma ligação do centro dizendo que o “Lucas” havia desistido e ido embora.
A responsável pelo local me enviou um áudio dele onde ele confessava que havia mentido, que nem “Lucas” ele se chamava e que ele realmente não estava pronto para aquele recomeço, mas que agradecia o empenho da igreja e o cuidado com ele. De alguma forma, o “Lucas” foi constrangido pelo amor que lhe foi tributado, era isso que aquela confissão significava. Que o testemunho da igreja seja para o “Lucas” um caminho de volta para os braços de Jesus.