Algumas lições da perseguição

Por causa dos últimos acontecimentos, muitas pessoas descobriram o tema “perseguição aos cristãos”. Infelizmente, muitas dessas pessoas são cristãs e desconheciam o fato de que a fé cristã é a mais perseguida em todo o mundo, incluindo toda e qualquer outra causa ou classe de pessoas. Hoje, já são mais de 265 milhões de cristãos perseguidos no planeta. Isso é mais do que a totalidade da população brasileira.

Ano após ano, o ódio aumenta e a perseguição aos discípulos de Jesus se alastra para mais países e continentes. No começo desta semana, pudemos ver a prova disso no Chile e na Inglaterra. Contudo, não deve-se pensar que aqui na América Latina já não houvesse perseguição, há. Colômbia e México são dois exemplos.

O que aconteceu no Chile e na Inglaterra nesse domingo, acontece em diversas partes do mundo diariamente, há muitos anos e com muito mais violência. Meu objetivo neste post não é falar sobre os dados da perseguição, para isso acesse o site da Missão Portas Abertas ou siga o seu perfil aqui nesta rede social.

O que quero compartilhar neste post são alguns pontos que considero importante para chamar a atenção dos discípulos de Jesus:

1) O que o príncipe deste mundo, portanto o próprio satanás, quer é que entremos em guerra política, ideológica e social, usando esses eventos malignos para nos instigar a isso. Se cairmos nessa, obviamente perderemos o foco do Reino, deixaremos de anunciar o verdadeiro Evangelho, que é a convocação de Deus para que todos se arrependam e declarem sua fé pessoal e genuína na pessoa e na obra de Jesus Cristo, a fim de que recebam o perdão divino e passem a viver em novidade de vida.

2) Não vamos perder a chance de compreender que eventos de perseguição como esses, para nós ocidentais, devem servir de exortação pessoal pela vida apática na qual a Igreja do Ocidente vive hoje. Ao invés de ficarmos maquinando o revide com os grupos de esquerda, muçulmanos ou seja lá quem for, devemos dobrar os joelhos em oração fervorosa e persistente (Lc 18.1-8) clamando a Deus pela sua justiça, pela sua volta, pela conversão desses jovens, que não fazem ideia do que fazem e contra quem fazem essas barbáries. Mas quantos de nós aqui tem uma vida de oração assim? Quantos de nós aqui quer ter ou se esforça para isso? Qual igreja sem vida de oração persistente e fervorosa pode resistir às portas do inferno? Somente a verdadeira! Devemos agora nos apegar ainda mais à Palavra da verdade, às doutrinas da vida e buscar viver pela pura satisfação de obedecer a Deus a cada dia mais. Quantos aqui já leram a Bíblia inteira? Quantos aqui meditam na Lei do Senhor de dia e de noite e nela têm o seu prazer (Sl 1.2)?

3) Vamos compreender de uma vez por todas que o mundo nos odeia, o mundo odeia o Jesus verdadeiro e bíblico das Escrituras (Jo 15.18-25). Nunca existiu, não existe e não existirá amizade entre os filhos e filhas de Deus e este mundo, sua cultura e sociedade (Tg 4.4). E se hoje vemos a “igreja” se tornar amiga do mundo, então estamos vendo a apostasia acontecer diante dos nossos olhos. Deus nos separou deste mundo (1 Pe 2.9), deste esquema imoral e violento. Muitos de dentro das igrejas estão reagindo ao clamor do mundo se unindo aos movimentos do mundo, prostrando-se às suas demandas, dando as mãos ao novo amigo. Alguns fazem isso para lacrar, outros porque já entraram em apostasia e desejam ter paz, não com Deus, mas com os homens.

Para finalizar, o mais importante, as Palavras do nosso Senhor e Deus Jesus. Ele mesmo, há mais de 2000 anos, já havia nos preparado para momentos assim (que vão piorar!), dizendo:

“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. 19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21 Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou. 22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado. 23 Quem me odeia odeia também a meu Pai. 24 Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai. 25 Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei:
Odiaram-me sem motivo”. (Jo 15.18–25)

Igreja de Cristo, permaneça firme, com os olhos fitos no Reino e o coração firmado na Rocha. Os dias são maus e não vão melhorar. Porém, que povo pode ser mais alegre e ter a verdadeira paz do que o povo que recebeu a vida eterna? Se Deus é por nós, quem será contra nós? (Rm 8.31).

Deus é fiel!

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