O Deus que a maioria desconhece

Aqui está uma afirmação bíblica que a teologia popular da maioria não pode suportar: Deus é glorificado no juízo, Ele é santificado em justiça. Isaías 5.16 revela claramente que o Senhor Deus será glorificado ao trazer juízo para o seu próprio povo, Deus revelará sua santidade ao executar sua justiça sobre o povo da aliança. Do capítulo 1 até o 5, Isaías revela para nós a impiedade do povo de Israel, seu desprezo por Deus, pela sua lei, pela sua aliança. Entre lamentos, ironias e profecias, o profeta revela que o limite para tanto mal havia chegado ao limite e que o Deus da Aliança manifestaria a sua glória e sua santidade por meio de um juízo implacável.

Conforme o profeta revelou, o juízo veio e Jerusalém foi devastada juntamente com o povo, por uma nação pagã que o Senhor dos Exércitos trouxe dos confins da terra para castigar os israelitas. Não sobrou praticamente nada, nem da cidade, nem do povo, a não ser os destroços e um remanescente que foi levado cativo para a Babilônia. Fico pensando que aquele povo foi tantas vezes exortado por Deus para abandonarem seus pecados, tantas vezes. Receberam tantas provas do amor, da misericórdia, da graça e do poder de Deus, tantas, mas ainda sim, deliberadamente, desprezaram a Palavra do Senhor, que é eterna e sempre boa e agradável, por uma ideia falsa de autonomia, liberdade e auto satisfação, que são apenas ilusões passageiras que sequer resistem ao teste do tempo.

Para mim, fica claro que eles duvidaram que o Senhor seria capaz de realizar tamanho juízo. Fico pensando que talvez eles pensassem que “ahn Deus… Ele é só amor, só que nosso bem. Nos libertou sem cobrar nada, derrotou nossos inimigos sem que levantassêmos a espada, nos assentou nesta terra boa e dos deu prosperidade. Deus é bom sempre e certamente nãose importa que busquemos viver o melhor dos prazeres dessa terra porque afinal de contas, Ele nos ama demais para nos castigar. Talvez ele puxe nossa orelha aqui ou ali, mas nada que irá de fato nos fazer mal. Deus é sempre e só amor.”

Penso que esse tipo de pensamento alimentava a altivez dos israelitas. Eles não levavam a sério o Senhor Deus, nem sua Palavra e por isso viviam do jeito que suas inclinações reprováveis lhes orientavam e permitiam. A impiedade e a indecência eram tamanhas que no versículo 20, do capítulo 5, o profeta meio que resume o estade de calamidade moral na qual o povo vivia,ele diz:

Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!

Isaías 5.20 (RA)

Todas as vezes que vemos na Escritura um “ai” vindo da parte de Deus, sabemos que algo bastante sério está a caminho em forma de juízo. A invasão do rei Nabucodonosor em Jerusalém foi avassaladora, cruel, aterrorizadora e implacável. O povo que conhecia a Deus de ouvir falar e que nutria sua teologia popular sobre ele com meias verdades, aprendeu naquele dia da invasão o que o versículo 16 afirma, que Deus é o Senhor dos Exércitos, que ele se glorifica no juízo, que ele é Santo e que exibe sua santidade em justiça. Aquele povo aprendeu que eles eram povo da aliança, mas que essa condição não era superior a Deus manter puro seus atributos de justiça e sanntidade, o povo aprendeu que não era mais importante do que o Deus a quem diziam servir. O povo aprendeu a acreditar que Deus cumpre suas promessas e que não se presta a passar a mão na cabeça dos ímpios e hipócritas que chamam pelo seu nome e acham que isso é o suficiente para escaparem da justiça divina.

Sejamos honestos, hoje, a maioria que chama pelo nome do Senhor Deus, na verdade, não faz ideia de quem ele é, do que ele exige e de como realmente o relacionamento com ele se estabelece. A maioria dos crentes atualmente é como o povo de Israel antes do exílio, não leva Deus a sério. Se dizem cristãos, mas vivem para o próprio umbigo, disputam entre si para ver quem é o mais famoso, a mais bonita, a mais influente. Detestam e têm tédio de ensinos que exaltem o valor da obediência no discipulado com Cristo. Muitas mulheres torcem a cara quando ouvem sobre o ensino bíblico da feminilidade cristã. Os homens se remexem nos bancos quando são exortados a viverem o padrão bíblico da masculinidade. Todos querem viver do seu jeito, do jeito mais livre que lhes convém, ninguém aceita a ideia de sacrificar os próprios interesses e desejos para dar mais um passo em direção ao modelo divino de humanidade que está em Cristo Jesus. A maioria não leva a sério Deus e sua Palavra.

A maioria deseja o prazer e o conforto pessoal. Mesmo que o próprio Cristo tenha deixado um exemplo copletamente diferente e tenha ensinado claramente que para ser um seguidor seu é necessário negar-se a si mesmo (Lc 9.23), mesmo com tudo isso, os crentes em sua maioria buscam pelo prazer e pelo conforto pessoal em detrimento da expansão do Reino de Deus por meio da pregação do Evangelho, da plantação de igrejas, do discipulado sério e comprometido com a obediência e santidade.

A verdade que enxergo para os próximos tempos é que estamos vivendo uma grande crise de identidade no cristianismo. Algo que já está avançado na Europa e América, mas em uma fase inicial bem avançada aqui no Brasil, pois vejo que já estamos como o apóstolo Paulo profetizou em 2Timóteo 4.3-4:

Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas

2Timóteo 4.3-4 (RA)

A camuflagem perfeita para que esse cenário não se torne alarmante para nós é essa falsa sensação de crescimento da dita igreja evangélica brasileira. Em minha opinião, essa é entrada perfeita para a apostasia. Uma quantidade de pessoas que trazem consigo suas ambições místicas e materiais para dentro de um ambiente evangélico, que fornece todas as condições para a formulação de uma teologia popular, que não é bíblica, mas frágil, oportunista, covarde e passageira. Essa grande massa evangélica não duraria um único dia dentro da realidade que a Igreja Perseguida, por exemplo, vive e sustenta por amor a Jesus.

Se há esperança? Há sim! E isso apenas por causa de Jesus. Se o povo buscar conhecer quem relamente Cristo é e o que ele ensinou sobre ser um discípulo seu, aí então teremos uma geraçãode crentes prontos a morrer por Jesus, pronto a declararem que amam mais a causa de Cristo do que a própria vida, uma geração que abandonará os próprios sonhos para dizer ao Senhor “que se faça a tua vontade e não a minha”.

Contudo, que fique bem claro o seguinte, a todos que continuarão não levando a sério a Deus sua Palavra, o juíz final é umarealidade inescapável. Ele acontecerá e está perto. Chegará quando menos todos esperarem, mas chegará e será tão terrível que vai fazer a invasão de Nabucodonosor parecer desenho infantil, isso porque quem estará no comando desse evento apocalíptico será o próprio Deus em pessoa, na pessoa de Jesus, não mais como um simples galileu, mas revestido de todo o poder e de toda a glória. Ele purificará a terra com fogo, ordenará que aqueles que de fato creram em sua Palavra e viveram de acordo com a fé que professavam, que esses entrem para a vida eterna. Porém, àqueles que achavam que o Senhor não seria capaz de lhes dar o juízo prometido, ouvirão dele mesmo o seguinte:

Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.

Mateus 25.41 (RA)

Por isso, espero que você reflita sobre o estado de sua vida agora. Meu conselho é que todos possam buscar conhecer mais o ensino de Jesus sobre o seu discipulado, sobre o custo de ser seu discípulo, sobre o entregar-se totalmente a ele nessa caminhada, ao invés de usar o seu nome e a estrutura da sua igreja para satisfazer as prerrogativas religiosas que é natural a todo ser humano.

Se o seu caso é de ainda não conhecer Jesus como a Bíblia o apresenta, saiba o seguinte: Deus convoco a todos ao arrependimento. Você é um pecador e Deus, o Criador, é totalmente Santo. Sua punição é a morte eterna. Porém, como mencionei, Deus te convoca hoje ao arrependimento, que você reconheça todos os seus pecados diante de Deus, reconheça que é incapaz de viver de acordo com a perfeição que ele exige e é digno, recoheça que nada em você pode obter mérito perante o Santo Senhor. Ao fazer isso, declare que você reconhece e crer que Jesus Cristo é o Filho do Deus Vivo, que ele veio a terra e habitou entre nós para viver a vida perfeita que não poderíamos viver e para morrer a nossa morte, oferecendo assim o único sacrifício que o Pai Celestial aceita, o sacrifício da cruz. Confesse que você tem fé na pessoa e na obra de Jesus e passe a viver sua vida como tendo ele como Senhor. Fale tudo isso para Deus em oração, sem palavras bonitas, apenas sinceridade. Procure uma igreja sério, comprometida com a Palavra e ali aprenda a ser um discípulo de Cristo conforme ele ensina na bíblia. É isso que você deve fazer e depois ensinar outros a fazerem o mesmo. Essa é a misericórdia comum de Deus convocar a todos para o arrependimento e o perdão.

Que possamos parar de incentivar as pessoas a viverem suas vidas de acordo com seus desejos para que possam viver a verdadeira vida em Jesus Cristo, conforme a sua vontade.

Somente a Deus seja toda a glória. Amém!

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