A verdadeira beleza do ser

Outro dia estava sentado debaixo de muitas árvores frondosas, às margens do lago do do Parque da Aclimação (SP), observando toda aquela beleza e agradecendo a Deus por ter aquele momento.

Olhei para a copa das árvores e vi todas aquelas folhas e flores lindas, com todas aquelas tonalidades de cores realçadas pelos raios do sol. No instante seguinte, minha atenção se volta para o chão onde percebo que muitas daquelas lindas flores e folhas estão caídas, algumas pisadas, outras murchas, todas já sem o glamour de antes. Olhei para os lados e vi que estava rodeado de várias daquelas folhinhas e foi então que fui levado a refletir sobre esse tema da beleza do ser. 

Pensei, assim é a beleza humana, me refiro a essa beleza imposta do corpo e do status social popularizada pelas redes sociais em nossos dias. Essa vaidade mundana é como o destino dessa folhagem toda que por muito pouco tempo permaneceu bela e imponente no topo da árvore, mas que inevitavelmente não resistiu ao tempo e suas intempéries.

Olhei mais um pouco e comecei a observar os troncos das grandes árvores que estavam em volta. Então pensei que a verdadeira beleza que Deus nos deu era como aqueles troncos, firmes, resilientes, perenes. É assim que Salmos 1, no versículo 3, descreve a beleza da satisfação do ser humano que reconhece no conselho de Deus o verdadeiro caminho para tudo na vida.

Imagem e Semelhança

Assim como as árvores, nós passamos por estações, muitas vezes por tempestades severas. Muitas folhas do topo cairão e se perderão para sempre. Porém, aquelas árvores com troncos fortes, raízes profundas, permanecerão por muitas estações. Qual daquelas folhinhas poderá reivindicar a verdadeira beleza dos troncos? A pergunta é: Como ser o tronco e não a folha?

Acredito que a beleza do ser humano não está nas suas curvas, nem na sua conta bancária, nem nas suas fotos de viagens e nem nos eventos em que participa, tudo isso são como as folhas que não resistem aos ventos que anunciam uma torrencial. Penso que a verdadeira beleza humana está intimamente ligada a sua identidade, que é o fato de sermos todos a imagem e semelhança de Deus. Não somos deuses, muito menos o verdadeiro Deus, mas fomos criados para ser como Ele, fisicamente, intelectualmente, moralmente e espiritualmente. Resumindo isso, fomos feitos para ser como Jesus Cristo, pois Ele é a expressão exata do Deus invisível.

A beleza da redenção

Jesus não foi descrito como um homem belo do seu tempo, contudo as multidões o seguiam porque viam nele a beleza real da vida. Queriam estar com Ele, ouví-lo, tocá-lo, serem curadas por Ele, mas acima de tudo, aprenderem sobre o que Ele ensinava. O evangelho é a mensagem que transforma folhas em troncos, pessoas mortas em novas criaturas. Jesus ensinou o evangelho. Ele levou pessoas más ao arrependimento e lhes concedeu perdão. Ele expôs a feiúra daqueles que não viam a própria maldade em seus corações e lhes ofereceu redenção.

O evangelho restaura em todo e qualquer ser humano que declare sua fé pessoal em Jesus a imagem divina que fora deformada pelos anos de uma vida dedicada às vaidades e paixões do “eu”. Pecados esses que envenenam as pessoas, criando padrões e metas para os quais elas não foram criadas para assumir. As lentes de Cristo regeneram a visão para a verdadeira beleza do ser, o de se parecer com o Filho Unigênito de Deus. Percebe? Beleza em Cristo vem acompanhada de identidade. Em Cristo somos filhos de Deus. Que belo isso!

Não há beleza sem dignidade. E toda dignidade humana se realiza no fato de que somos a imagem e semelhança de Jesus Cristo. Ele é o pilar da dignidade humana. Sem Ele, o que resta é o acaso da seleção natural que iguala o ser humano a um macaco, ou pior, a uma bactéria, um conjunto de células sem um propósito especial. Sem Cristo temos um mundo de folhas caindo e se perdendo aos ventos das modas cada vez mais imorais, feias e sem dignidade. Felizmente, Jesus nos oferece o caminho, a verdade e a vida. Nele há verdadeira beleza, dignidade e certamente identidade.

Eu já fui uma folha no topo de uma árvore, cai de muito alto e me tornei mais uma entre tantas que murchavam ao sol. Eu não sabia o que era beleza e por isso desconhecia o que era dignidade, logo não tinha identidade – senão aquela barata e corruptível que todos têm por aí. Até que Ele me pegou do chão, me ensinou o Seu evangelho e me plantou como um tronco de árvore junto a corrente das águas, onde agora eu espero sempre o tempo adequado para dar belos frutos. Beleza, dignidade e identidade em Jesus.

Somente em Jesus o ser humano poderá alcançar a verdadeira beleza do ser, aquela que não passa, mas que permanece para sempre.

Que a verdadeira beleza do ser seja restaurada em você.
Abandone o mundo, receba e viva a Cristo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *